Às vezes desejo ser como a borboleta
Que livremente bate suas asas
E a procura do inusitado voa bem alto
E sem medo da metamorfose
Renasce tal como uma Fênix das cinzas
E quão belo é poder renascer
Despir-me do velho, do dolorido, do enraizado
Deixar o semblante sisudo e amargurado
Abandonar as vestes sujas e rasgadas
E subitamente transbordar
Deixar pra trás todas as manias, os protótipos
Todos os conceitos filosóficos
Tudo aquilo que censura o corpo e a alma
E procurar num dia de calma
A paz que o novo pode dar